Adivinhem a autoria da seguinte citação:

Tenho-me sempre pronunciado no sentido de que não é possível, em democracia, fazer uma reforma do ensino contra a vontade generalizada dos professores, como fazer uma reforma da saúde contra os médicos e os enfermeiros ou uma reforma da justiça contra os magistrados.

Quem é que disse isto?

Pista: Foi no Diário de Notícias, de 18 de Novembro de 2008.

Vejam e surpreendam-se, ou talvez não.

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Posted by Carlos Manta Oliveira on quinta-feira, novembro 20, 2008

sarcasmo

nome masculino

1. zombaria insultuosa

2. ironia azeda; menosprezo

3. escárnio; motejo

(Do gr. sarkasmós, «id.», pelo lat. sarcasmu-, «id.») Fonte: Porto Editora

"Peço desculpa aos senhores professores de ter causado tanta desmotivação, mas é do interesse do país, dos alunos e das escolas"

Ou seja: desculpem lá, mas quero lá saber do que vocês pensam. Excelente resposta para alguém acusada de prepotência. Não conheço em profundidade os motivos deste protesto, no Sábado ouvi os professores pedirem "Avaliação Sim, mas com dignidade". Não sei o que está de errado com este modelo, mas parece ser unânime que ninguém o aceita.

O que eu sei também é que não gostaria nada de ser professor do Ministério da Educação. Por muito que se goste de ensinar ou de ser professor, com tanto desprezo da tutela é difícil. Qualquer gestor sabe da importância de ter uma equipa de trabalho motivada.

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Posted by Carlos Manta Oliveira on quinta-feira, novembro 13, 2008

Foi clonado um rato que este congelado durante 4 anos!

E a seguir?

Via Aberto até de Madrugada

A mouse frozen for four years has successfully been cloned. What's next?

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Posted by Carlos Manta Oliveira on quinta-feira, novembro 06, 2008

Sem palavras:

anuncio jornal professor

Via PROFAVALIAÇÃO

Este anúncio fez-me lembrar o que me contaram na sexta-feira passada sobre o Magalhães. Por motivos familiares acabo por conviver muito tempo com pessoas ligadas ao ensino (leia-se professoras). Confesso que ando curioso com o Magalhães e o seu impacto, feliz pela iniciativa e pelo conceito, mas desiludido com implementação, quer pelas características e preço, já que nem o processador Atom implementa, como fazem os concorrentes, quer pela propaganda ridícula.

Como se não bastasse a poeira que se manda para os olhos a nível nacional, com o "primeiro computador português", que afinal é mais um a sair das linhas da JP Sá Couto que há anos põe os Tsunami no mercado, agora passou a ser o "primeiro computador ibero-americano". Tudo bem que McCain decidiu vender facas no seu tempo de antena ironizando com o facto de Obama ganharmais dinheiro com a imagem que ele, mas fazer TeleShopping Melga-Mike em conferências Ibero-Americanas, "se comprar já oferecemos-lhe um pin grátis" acho exagerado. Uma coisa é oferecer GPS NDrive em visitas de Estado, como fez Cavaco Silva quando veio o Rei de Espanha, subtilmente, outra é andar a vender a banha da cobra descaradamente.

Bem, mas voltando ao ensino. Queria eu saber se já tinham ou não começado a usar o Magalhães nas escolas, e o que tinha mudado, e recebi um montado enorme de queixas. Resistência à mudança, velhos do Restelo, pensei eu. Mas realmente é extraordinário, as queixas não tinham a ver nem com a utilização do novo meio, nem com a criação de conteúdos como eu pensava. Pelo contrário, o que mais há é fichas em .doc e .pdf, até estavam contentíssimas com a ideia do trabalho poupado em imprimi-las. O problema é a burocracia. São tarefas dos professores as seguintes:

  • entregar códigos aos alunos para pedirem o Magalhães
  • receber os pedidos e confirmar se estão correctos
  • verificar os comprovativos de acção social para determinar o preço aplicável
  • fazer a encomenda de toda a turma, depois das confirmações, com o número de contribuinte do professor
  • receber os Magalhães
  • pedir e verificar os comprovativos de pagamento multibanco, e verificar se estão conforme os escalões correctos
  • entregar os Magalhães aos alunos

Obviamente que Magalhães ainda nem vê-los, com tanta papelada. E a sala de aula passa a ser na realidade um franchising da JP Sá Couto, tal e qual as lojas da TMN ou da Vodafone nos Shopping. Qual será o próximo passo? Tele-vendas nas horas não-lectivas? Será que a percentagem de unidades vendidas vai contar para a avaliação?

(Para que não me acusem de criticar sem oferecer alternativas, obviamente que o processo logístico da distribuição dos Magalhães deveria estar a cargo de quem os produz. Ao Ministério bastaria gerar um código por aluno, e informar a JP Sá Couto do preço aplicável associado a cada código conforme o escalão)

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Posted by Carlos Manta Oliveira on terça-feira, novembro 04, 2008