Ou antes, a Presidência da República melhor dizendo:
Assim é outra coisa. Definitivamente a experimentar!
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Porquê tanta aflição com a decisão do Governo em autorizar o ajuste directo em obras onde até agora era obrigatório o concurso público?
Bem... vejamos alguns exemplos:
A Ansol publicou hoje o Portal da Transparência na Administração Pública, para “resolver as muitas dificuldades existentes na pesquisa e navegação no site oficial Base”.
Vai daí hoje não se fala de outra coisa na blogosfera, ora não se tratasse do dinheiro de todos nós, contribuintes.Desta forma é possível ver alguns contractos públicos por ajuste directo, que organismos públicos fizeram em ano de contenção:
- Fornecimento de 1 fotocopiadora, “Multifuncional do tipo IRC3080I”, para a Divisão de Obras Públicas Municipais do Município de Beja: 6.572.983,00 €
- Iluminação natalícia para arruamentos na cidade de Estremoz: 1.915.000,00 €
- Aluguer de uma tenda para inauguração do Museu do Castelo de Sines:1.236.500,00 €
- Aquisição de 1 POS e 1 impressora para o SASU da Madeira: 598.400,00 €
- Videoprojector para a Câmara Municipal de Loures: 52.000,00 €
- Toner impressora HP P2015 para a Administração Regional de Saúde do Centro:45.600,00 €
- Viagem aérea Faro/Zagreb e regresso a Faro, para 1 pessoa no período de 3 a 6 de Dezembro de 2008: 33.745,00€
- Aquisição de 3 scanners Fujitsu FI5750C para o INFARMED: 30.798,48 €
Fonte: Tux Power
Nome entidade adjudicante: Municipio de Vale de Cambra
AQUISIÇÃO DE VIATURA DE 16 LUGARES PARA TRANSPORTE DE CRIANÇAS
Preço do contrato (Euro): 2.922.000,00 €Nome entidade adjudicante: Administração Regional de Saúde do Alentejo, I. P.
1 armário persiana; 2 mesas de computador; 3 cadeiras c/rodízios, braços e costas altas
Preço do contrato (Euro): 97.560,00 €Nome entidade adjudicante: Município de Ílhavo
Fornecimento de 3 Computadores, 1 impressora de talões, 9 fones, 2 leitores opticos
Preço do contrato (Euro): 380.666,00 €
Fonte: Blasfémias
Data de registo: 14-01-2009
Nome entidade adjudicante
Administração Regional de Saúde do Centro,IP
Nome entidade adjudiatária
Quinta das Janelas
Objecto do contrato(descrição sumária): Festa de Natal
Preço do contrato (Euro): 8.283,00 €
Fonte: Portal do Governo
Em ano de eleições vai ser bonito. O Ajuste Directo e a corrupção andam de mãos dadas frequentemente. É até sabida a irritação de Cravinho com a posição do PS sobre a corrupção.
"O presidente do grupo [Alberto Martins] disse que o fenómeno existia, mas que Portugal não estava numa situação particularmente gravosa. Pelo contrário, nas comparações internacionais estava muito bem. Fiquei de boca aberta", disse então João Cravinho.
Lá diz o povo, "mais depressa se apanha um mentiroso do que um côxo."
Ainda hoje, e cada vez mais me admiro com a acuidade da sabedoria popular.
Isto a propósito de uma entrevista do Primeiro Ministro a uma televisão privada, em que teve o desplante de afirmar o seguinte: "ninguém tinha consciência da dimensão da crise".
Referia-se ao facto de o Orçamento de Estado para 2009 (o tal da Pen que não funcionava), aprovado na Assembleia da República em 28 de Novembro, ter sido já duas vezes alterado, com dois anúncios de pacotes de medidas rectificativas. O primeiro dos quais levou o Presidente da República a pedir explicações ao Governo antes de o promulgar, a 30 de Dezembro.
Como todos se recordam, a oposição votou toda contra o Orçamento, sendo unânime ao classificar as previsões e cenários de crescimento de 0,8% do PIB como irrealistas e sonhadoras, dada a conhecida conjunctura.
Mesmo a OCDE publicou estimativas de crescimento negativo do PIB (recessão) de 0,2%, ainda antes do Orçamento de Estado ser votado. A todos Sócrates apelidou de pessimistas, e de desconhecerem a realidade de Portugal, e fez aprovar o Orçamento proposto pelo Governo.
Curiosamente as novas estimativas do Governo prevêm que o défice possa atingir os 3%, e antecipa o crescimento do desemprego, exactamente o mesmo que a OCDE previa em Novembro.
Uma coisa é certa, as previsões do Governo nunca batem certas nem com as da OCDE, nem com as da UE, nem com as do FMI. A não ser depois das correcções, claro está, em que as previsões "pessimistas" são afinal as que se confirmam.