Eu acho sinceramente que um dos Gato Fedorento está a tentar ser a Paris Hilton em versão portuguesa. É que são coincidências e parecensas demasiadas para não se tratar de um esforço propositado. Vejamos:

  • Paris e Quintela são figuras mediáticas
  • Paris e Quintela têm um programa de televisão
  • Paris e Quintela gostam de dançar (quem não viu no Dança Comigo?)
  • Paris e Quintela pensam que sabem cantar (convidado a cantar nas Doce)
  • Paris e Quintela bebem demasiado
  • Paris e Quintela conduzem embriagados
  • Paris e Quintela põem em perigo pessoas inocentes
  • Paris e Quintela são apanhados pela Polícia
  • Paris e Quintela são condenados pelo Juiz
  • Paris e Quintela fazem trabalho comunitário para cumprir a pena

Dado o lapso temporal entre o original e a cópia torna-se completamente claro que é José Diogo Quintela que está a tentar emular a conhecida e mediática Paris Hilton. A diferença entre o original e a cópia é que os juízes são bem mais permissivos que os americanos, ou como se diz em Portugal "tolerantes", e Quintela ainda vai continuar com a carta de condução em sua posse e autorizado a conduzir. Isto apesar de aparecer num programa de televisão a beber champagne pela garrafa horas antes de ser apanhado pela polícia.

Shame on you stinky cat!

Discordo completamente desta decisão judicial. Acho que há uma tremenda falta dos juízes portugueses. De coragem por um lado em condenarem figuras públicas, como se destas tivessem medo, e de visão por outro lado, pois fazem passar uma mensagem totalmente descabida e muito perigosa. A mensagem que fica é que afinal não se fica sem carta por conduzir embriagado, só se paga multa, e que afinal até se pode conduzir bêbado uma vez por outra que o juiz perdoa e desculpa.

Pois é, não vivêssemos num país que tem das maiores taxas de sinistralidade automóvel do mundo e até se compreendia tal tolerância zero. É um facto que a melhoria na assistência aos sinistros (trabalho do INEM) tem feito com que mortalidade diminua, mas seria importante que as estatísticas passassem a reflectir as mortes no Hospital (a 30 dias) e não apenas as declaradas na estrada. Longe vão os tempos da famosa "Tolerância Zero". É pena, porque ainda há muito que fazer, e a prova está este triste exemplo de Quintela. Tanto por não ter tido pojo em conduzir um carro embriegado (não teria dinheiro para um taxi?) como na falta de tacto do juiz em ser tolerante com alguém que ultrapassou em mais de 3 vezes o limite legal para conduzir.

Posted by Carlos Manta Oliveira on sexta-feira, janeiro 04, 2008