Portugal é provavelmente o país onde o fim da crise já foi decretado mais vezes. Se há Ranking que podemos liderar é esse! E continuamos a assistir a mais do mesmo. Sempre que sai uma estatística minimamente positiva, aparece o Primeiro-Ministro todo galante a anunciar que está tudo resolvido por ele. Logo a seguir sai outra estatística negativa, e como dizem os nossos irmão brasileiros, “cadê ele?” Não, não falo do Sketch dos Gatos Fedorentos, falo da realidade.
Ontem José Sócrates falava feliz do princípio do fim da crise e dos sinais de retoma, do tal crescimento do PIB em 0,3% que é o sinal do fim da crise. O Economia e Finanças desmonta completamente esta ilusão. É que ao mesmo tempo que o INE anuncia a previsão de PIB referente ao segundo trimestre, e sublinhe-se previsão, reviu em baixa a previsão que tinha feito em relação ao primeiro trimestre. Este valor de 0,3% é assim extremamente incerto, certamente sujeito a revisão. Será sempre próximo de 0%, e pouco sentido faz discutir se é +0,1% ou –0,1%. É importante de sublinhar que Portugal tem PIB com um decréscimo de mais de 3,5% em relação ao período homólogo do ano passado, e esse ano já era de crise.
O FMI ao analisar este dados alerta que a Economia portuguesa é puxada pelas europeias, e só subirá quando estas subirem, assim como desceu devido às mesmas descerem. E tendo em conta o vizinho espanhol, fica um alerta muito sério.
Hoje o INE divulgou os números do desemprego. Sobe para 9,1%, o pior valor desde 1987. Hoje as declarações falam da necessidade de "sangue frio" para esperar pela retoma...
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