Depois de ler este artigo de opinião sobre o referendo do aborto, estou tentado a por mais uma cruzinha em Fevereiro, "Sim, se a Lei fosse igual à alemã"
E porquê? Porque simplesmente a Lei alemã levanta as minhas reticências quanto à IVG, mormente quanto a ser usada como método de planeamento familiar, e quanto à IVG não poder ser um capricho, devaneio ou a solução mais fácil.
Como pode uma Lei semelhante ser tão diferente? Dois aspectos fundamentais: para além de obrigar a visita a um centro de aconselhamento, o que só por si já me faria ter menos hesitações, obriga a um prazo mínimo de 3 dias entre o aborto e o aconselhamento. No mínimo, criam-se deste modo mais condições para uma escolha informada e reflectida.
No fundo é pôr o jarro das bolachas numa prateleira da despensa e não na mesa em frente à televisão. Será que quem tem fome a pode saciar? Claramente. Será que quem não tem fome pensa duas vezes antes de arruinar a dieta? Restam-me poucas dúvidas.
Será que uma consulta de aconselhamento daria a uma mulher mais ou menos liberdade de escolha que o aborto voluntário?
Portugal faces a repetition of a referendum held a few years ago on what is called "voluntary pregnancy interruption", an euphemism for abortion. If the German Law demands a counselling meeting which must take place at least 3 days previous to the abortion, the portuguese proposition calls for the abortion to be decided by the women alone up to the 10th week, and a crime punishable with up to 3 years after that.
In particular left wing political parties have come forward claiming a "No" in the referendum would be a political defeat, as well as some Priests have announced to excommunicate those voting "Yes". Unfortunately the discussion is centred on the scientific definition of life and on individual liberties for women, and not on the merits or weaknesses of the Law proposed.
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